Verbos novos e horríveis!


Tempo de leitura: 2 minutos

Oi turma!!

Tudo bom??

Aqui, tudo..

Pois é.. Recebi isso por e-mail do Dré, e não pude deixar de mandar…

Trata-se daqueles verbos que vem sofrendo modificações gramaticais por
conta da globalização, informatização, e outras “zações” mais…

Vamos ver o que vocês acham?
Ah.. Quem tem preguiça de ler, não tem problema, pode assistir aqui, e,
enquanto isso, ir lendo outros posts.. Quem quiser ler pra ser mais
rápido, vá em frente!

Vamos ao texto:


VERBOS NOVOS E HORRÃ?VEIS

Ricardo Freire

Não, por favor, nem tente me disponibilizar alguma coisa, que eu não quero.
Não aceito nada que pessoas, empresas ou organizações me disponibilizem. É
uma questão de princípios. Se você me oferecer, me der, me vender, me
emprestar, talvez eu venha a topar. Até mesmo se você tornar disponível,
quem sabe, eu aceite. Mas, se você insistir em disponibilizar, nada feito.

Caso você esteja contando comigo para operacionalizar algo, vou dizendo
desde de já: pode ir tirando seu cavalinho da chuva. Eu não operacionalizo
nada para ninguém e nem compactuo com quem operacionalize. Se você quiser,
eu monto, eu realizo, eu aplico, eu ponho em operação. Se você pedir com
jeitinho, eu até implemento, mas operacionalizar, jamais.
O quê? Você quer que eu agilize isso para você? Lamento, mas eu não sei
agilizar nada. Nunca agilizei. Está lá no meu currículo: faço tudo, menos
agilizar. Precisando, eu apresso, eu priorizo, eu ponho na frente, eu dou um
gás. Mas agilizar, desculpe, não posso, acho que matei essa aula.

Outro dia mesmo queriam reinicializar meu computador. Só por cima do meu
cadáver virtual. Prefiro comprar um computador novo a reinicializar o
antigo. Até porque eu desconfio que o problema não seja assim tão grave. Em
vez de reinicializar, talvez seja o caso de simplesmente reiniciar, e
pronto.

Por falar nisso, é bom que você saiba que eu parei de utilizar. Assim, sem
mais nem menos. Eu sei, é uma atitude um tanto radical da minha parte, mas
eu não utilizo mais nada. Tenho consciência de que a cada dia que passa mais
e mais pessoas estão utilizando, mas eu parei. Não utilizo mais. Agora só
uso. E recomendo. Se você soubesse como é mais elegante, também deixaria de
utilizar e passaria a usar.

Sim, estou me associando à campanha nacional contra os verbos que acabam em
“ilizar”.

Se nada for feito, daqui a pouco eles serão mais numerosos do que os
terminados simplesmente em “ar”.

Todos os dias, os maus tradutores de livros de marketing e administração
disponibilizam mais e mais termos infelizes, que imediatamente são
operacionalizados pela mídia, reinicializando palavras que já existiam e
eram perfeitamente claras e eufônicas.

A doença está tão disseminada que muitos verbos honestos, com currículo de
ótimos serviços prestados, estão a ponto de cair em desgraça entre pessoas
de ouvidos sensíveis.

Depois que você fica alérgico a disponibilizar, como vai admitir, digamos,
“viabilizar”?

É triste demorar tanto tempo para a gente se dar conta de que
“desincompatibilizar” sempre foi um palavrão.

Precisamos reparabilizar nessas palavras que o pessoal inventabiliza só para
complicabilizar.

Caso contrário, daqui a pouco nossos filhos vão pensabilizar que o certo é
ficar se expressabilizando dessa maneira. Já posso até ouvir as reclamações:
“Você não vai me impedibilizar de falabilizar do jeito que eu bem
quilibiliser”.

Problema seu. Me inclua fora dessa.


E então??? Que tal o texto? Ou o vídeo? Eeeee… Digam o que acharam nos
comentários dessa coisa…

Abração e até a próxima!

Fernando

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