Casa nova, casa véia…


Tempo de leitura: 4 minutos

Gente! Alguma vez vocês já sentiram vontade de quebrar tudo? Ou,
até mesmo, de pegar o PC e explodir ele?

Pois eu já, inclusive agora…

Imaginem que eu estava escrevendo esse texto aqui, quando, derrepente,
simplesmente o PC resolve travar “indestravávelmente”? Vê, não dá
vontade de jogar ele longe?

Na verdade, a vontade que deu além dessa, foi a de desistir de escrever,
mas.. Estamos aqui, denovo, e viva a perseverança!

Gente, vocês sabem quando agente tá, ao ar livre, com um livro na mão, e
agente vira uma página, mas aquela brisa gostosa fica insistindo em
desvirar? Com certeza muitos que estão lendo já passaram por esse
problema.
Pois vocês imaginem então, quando agente vira uma página na própria
vida, as vezes até querendo virar, mas essa brisa chamada memória
fica insistindo em, pelo menos, se não pode desvirar, levantar a página
anterior pra mostrar o que de bom tinha por traz?
E é interessante que ela se esquece de mostrar os lados negativos, ou,
se não, tenta dar um mínimo de atenção a eles, colocando, por outro
lado, o mássimo de brilho possível aos positivos? Nem que pra isso se
precise pintá-los, limpá-los, etc…
E por falar em virar páginas, o que fazer quando agente, além de tudo,
estava doido pra virar essa página, e depois, aquela coisa chata
chamada saudade, vem querendo desvirar? É complicado..
No caso aqui, o título desse post é parte do que eu estou querendo
falar, e é até um bom exemplo: Quando agente se muda pra uma outra casa,
por exemplo, no início não está maluco pela novidade? E, as vezes, até
dando graças a Deus por deixar de lado aquela casa antiga? E é
interessante que daí, essa brisa chamada memória trabalha de
outra forma: Lutando pra empurrar de uma vez a virada da página, nem que
depois, só pra brincar com agente, ela tenha que tentar desvirar. E,
mais interessante ainda, é que, nessa ocasião, ela pinta os pontos
negativos da melhor maneira possível, nem que depois, pra brincar de
desvirar
ela tenha que pintar melhor os positivos pra ativar aquela
coisa chamada saudade.
Eu mesmo, passei por duas mudanças nos últimos 15 meses, e posso dizer
que a coisa é bem por aí: Estava numa casa a 15 anos, vivi desde meus 11
anos lá, e estava louco pra saír. Minha memória, nessa época, lutou pra
pintar o melhor possível aquilo de ruim que tinha acontecido por lá..
Depois, quando eu virei a página, essa mesma memória provocou um
ventão,tentando, por tudo, desvirar essa página que ela mesma tinha se
esforçado pra que eu aceitasse que fosse virada. O mesmo, aconteceu
depois: Fui pra uma casa que eu adorei, mas logo também fui obrigado a
virar essa página, também involuntariamente, e essa mesma memória vem,
desde lá, tentando provocar alguns ventos pra, pelo menos, tentar
mostrar como era bom, por exemplo, morar naquela casa da feitoria, com
todos aqueles sítios ao redor, aquele ar puro, e tudo mais..

E em fim, gente, o que agente faz com essa “coisa chamada memória”? Não
é como num computador, que agente aperta uma teclinha e tudo se
explode..
E, também, apagar por completo, também não seria nada bom, afinal, o
que seria de nós sem a nossa memoriazinha tentando trazer à tona as boas
lembranças? Mas.. Mesmo assim, devemos levar em conta que essas mesmas
boas lembranças podem nos prejudicar, trazendo a depressão, a angústia,
e outras coisas feias como essas.. E então, o que fazer?
Eu mesmo, quando troquei de blog pro wordpress, hoje tava olhando o
antigo e tive vontade de postar lá!! Contudo, essa não é uma página
impossível de desvirar, e aqui, estamos falando das impossíveis, né? Se
bem que falamos em casa, e um blog, agente poderia considerar a “casa”
das nossas ideias.. Afinal, é nos blogs que agente consegue “ser agente
mesmo”, né? Eu, pelo menos, me sinto assim, e mesmo no meu site pessoal,
não me senti a vontade pra colocar algumas coisas que, no blog,eu
coloquei..
Mas em fim.. Voltando à casa, às páginas e à memória:
Vocês sabem que, a característica mais chata de um sujeito que se diz
pensador, é justamente pensar? Explico: Aquele que pensa,
nunca resolve nada. E, se algum dia chega a resolver alguma
coisa, logo “desresolve”, com outra linha de pensamento.. Contudo, pra
não atrapalhar tanto vocês que estão me lendo aqui, não vou bancar
exclusivamente um pensador. Vou, novamente, dar algumas dicas que
acho úteis nesse tipo de situação como a das mudanças, que postei aqui:

1) Quando surge a possibilidade de uma mudança, seja ela qual for, na
nossa vida, tentar avaliar o mais friamente possível quais serão os
pontos positivos e negativos dela, colocar tudo isso numa balança, e
pesar… Vamos ver pra que lado ela vai pender, né? Isso depende de cada
um.

2) Existe uma coisa muito positiva chamada “visualisação mental”. Não
sei se o termo correto é esse, mas sei que existem até livros sobre o
assunto. Em fim: Se imagine depois da mudança, seja ela qual for, e veja
como vai ser a reação daquela “brisa chamada memória”.. Mas pra isso
funcionar, você tem que realmente se imaginar como se a mudança não
tivece mais volta.. Avalie as reações que as lembranças tentam provocar,
e, novamente, coloque isso na balança com tudo que já tinha
anteriormente.

E, claro, a partir daí, tome sua decisão. Se, claro, como aconteceu
comigo nas duas vezes, a decisão não depende de você, aí tenho mais uma
dica:

3) Procure, da forma que ficar mais fácil pra você, estabelecer uma
relação positiva com essas lembranças que vem; Isso evitará uma depressão
e algumas brigas desnecessárias com o travesseiro…

E, claro, falando em termos “gaúchos”, a mente é um potro xucro que
agente tem que domar… Ou seja: É melhor agente dominar a mente, antes
que ela nos domine…

Bom, turma, acho que vou ficando por aqui então, e “chega de falar
besteiras”, né? Se bem que alguns podem não achar besteira o que
escrevi nessa coisa aqui hoje..

De qualquer forma, leiam, comentem, me mandem pro invvvvvééérno se
necessário.

Abração e fico aguardando os coments!

Fernando

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4 respostas para “Casa nova, casa véia…”

  1. Bom, Fernando,

    O que vem à cabeça, de momento, é dizer:
    Esperta é a tartaruga, se muda sem sair de casa!!! Sejamos tartarugas então; se a necessidade nos obriga a mudar, levemos ao menos cada amizade que se conquistou! E se perdermos contatos, de forma definitiva por mudanças nos nossos comportamentos devido à adaptação, é porque a amizade não era pra todas as horas! Mas se recuperamos, também não saímos da casa, afinal, o que, de real, levaremos ao sair da terra? Ah, à tona é separado, só avisando. E sintam-se livres para me corrigir no Doidus!!!

    Fui!

  2. Oi seu “coisa”!

    Valeu pela dica, já vou corrigir nesse post aqui..

    E, realmente, agente não pode ser como tartarugas que se mudam sem sair de casa, mas agente sempre leva nosso “mundo interior” com agente, e nele ta incluso os amigos. Se algum deles vai querer ser retirado desse mundo por causa de uma mudança, isso é outro problema, por que daí é como você mesmo falou: A amisade não era pra todas as horas..

    Abração e valeu pela dica! Bem se vê que não dá pra confiar só nesses dicionários do edivox..eee…

    Abração!

  3. É… mudanças são difíceis, mesmo que pareçam as luzes de um paraiso.
    Mudei de casa quando tinha nove anos. A casa nova era maior, melhor, eu teria um quarto com porta e não cortina.. Mas o sofrimento com a mudança foi maior do que qualquer benefício que ela pudesse trazer.
    Não gostava da casa, o novo colégio era meu tormento constante. Chegava a ficar imaginando ser filha adotiva e que minha verdadeira mãe iria me encontrar e me tirar dessa situação tão HORROROSA.

    Eu não soube me adaptar, e como resultado, 1 ano depois, comecei um tratamento psiquiatríco. Resolveu em certos aspectos, mas continuei um ser não adaptável, solitário e infeliz…

    E ainda hoje sinto saudade do colégio onde estudava, dos meus cantinhos secretos, dos montes de terra que saltava fingindo ser Hércules…

    Mas a vida nos leva, com nossa permissão ou não e nos faz chegar exatemente onde estamos nesse exato momento. Ela é uma caixinha de surpresas….

    Até…

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