FOLCLORE DA EDUCAÇÃO


Tempo de leitura: 2 minutos

Oi turma!!

Pois é.. Vocês lembram de um texto chamado A tristeza do Geca, que
eu publiquei na semana passada? Pois… Já que falamos em educação,
trago aqui mais um texto do Pedro Cardoso da Costa, muito interessante,
e que, mais uma vez, diz tudo… Na verdade, só coloco aqui um pequeno
comentário, que vale tanto pra questão da violência, quanto pra da
educação e mais muitas outras por aí:
O problema do Brasil é que “se discute muito, se chega a poucas
conclusões, e se resolve menos ainda!”…
Quando se passar a discutir menos, chegar a conclusões melhores e mais
rápido e também colocar mais em prática as soluções, aí as coisas vão
começar a mudar…

Bom, mas.. Agora chega, vamos ao texto:


FOLCLORE DA EDUCAÇÃO

Pedro Cardoso da Costa


Tomara que a discussão sobre educação não se esgote nela mesma. Costuma-se essa discussão ser recorrente, principalmente sobre problemas insolúveis. Há muito tempo
tem sido assim com a violência. Quanto mais se discute, mais ela tem crescido.
O erro começa por um debate superficial e não analítico. Todos vibram como se fosse numa partida de futebol. Nenhum especialista falou nada mais do que repasse de
verba. Eis o perigo, porque nossas autoridades nunca controlam as verbas repassadas. Um exemplo seria os livros distribuídos que a imprensa noticiou que, novinhos
e sem utilização, estavam servindo à reciclagem.
A análise de alunos iniciantes não passa de fumaça. O provão foi criado com a mesma espuma e não melhorou em nada a qualidade dos alunos nem das faculdades. Com
o Enem ocorreu o mesmo.
Primeiro, precisaria colocar em prática que todo professor fizesse um curso superior em sua área de atuação. Depois, que se fechassem efetivamente as instituições
com qualidade ruim.
Avaliações periódicas dos professores, retirando das salas aqueles sem qualificação seria outra medida imprescindível. Existem aos borbotões.
Seria necessário estabelecer metas no nível de conhecimento para as várias etapas do ensino. Por que o colégio particular ensina e o público não? Quem completasse
o ensino médio deveria adquirir conhecimento mínimo X. Os de nível médio deveriam saber Y. Todo mundo sabe quando o ensino não passa de faz-de-conta, principalmente
os responsáveis pelas crianças.
Outra medida salutar seria o trabalho permanente com a leitura de jornais, revistas. Estipular uma quantidade mínima de livros para alunos dos vários níveis. Só
como exemplo, quem concluísse o ensino fundamental teria que ter lido e trabalhado cinqüenta livros de escritores nacionais e cinco estrangeiros. Daria uma média
de cinco livros/ano.
Além dessas e de outras medidas, a criação de pelo menos uma biblioteca em toda vila deste país, ou em toda escola. Colocar mensagens oficiais e extra-oficiais na
mídia com incentivo ao acompanhamento dos pais e responsáveis aos alunos; aproximá-los de fato às escolas; incentivar a doação de livros. Incluir a prática de esportes
diversos nas escolas. Caso medidas efetivas não sejam colocadas em prática, este pomposo plano não passará disso: um plano, assim como foram os vários programas
para extinguir o analfabetismo. O Mobral já aniversariou três décadas e o índice de analfabetismo continua vergonhoso. E enquanto tocada a surtos esporádicos, a
educação nunca será um projeto de nação, mas renderá folclóricos pacotes ao país.

Pedro Cardoso da Costa – Bel. Direito
Interlagos/SP
ESTE TEXTO PODE SER COMENTADO, PUBLICADO, CRITICADO E REPASSADO.


E então?? Digam o que acharam nos coments!!!

Fico aguardando eles…

Abração!

Fernando

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